domingo, 21 de abril de 2013

Verdadeiros Adoradores





João 4:23 No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o pai procura.

O capítulo quatro do livro de João narra a história de uma mulher samaritana que se encontrava junto a um poço de água e Jesus pára para conversar com ela e pedir um pouco de água. No meio da conversa, após Jesus revelar algo íntimo da vida desta mulher, ela o reconhece como profeta e levanta uma questão a Jesus sobre a adoração, dizendo que seus antepassados adoraram em um determinado monte e Jesus ensina a ela sobre a adoração citando a passagem destacada acima.

O mundo vive baseando-se por aquilo que vê ou o que sente. Quando estávamos longe de Deus, aquilo que estava acontecendo ao nosso redor, as circunstâncias, que determinavam como seria toda a nossa semana ou dia. Temos que entender que a vida cristã não é dessa maneira. Aquele que recebe Jesus como Senhor da sua vida passa a ter uma vida diferente, a vida que ele vive agora é de fé em fé, e a fé não está presa a nenhuma circunstância. O cristão aprende a viver de dentro para fora e não mais de fora para dentro, ou seja, as circunstâncias não ditam meu dia, mas é a minha fé que dita a circunstância, ao monte (Marcos 11:23). Não vivemos mais pelo que vemos, mas pelo que cremos (II Coríntios 5:7; 4:18).

Jesus estava dizendo aquela mulher que chegou a hora, desde já os verdadeiros adoradores não mais adorariam de uma forma “x” ou “y”, não seria mais um lugar, um método, uma posição, mas seria uma posição interior, algo que passaria a ser de dentro para fora.

Adoramos a Deus pelo que Ele é, independente do que posso ver, assim o faço reconhecendo seu caráter e sua majestade. Não é algo que começa quando chego a uma igreja, mas é o que faz parte da minha vida em qualquer lugar e a qualquer momento. A adoração não está ligada somente a música, mas esta também é uma forma de adoração. A adoração está ligada as minhas atitudes e tudo o que sai da minha boca que reverencie o caráter de Deus.

Em Atos 16:16-39 lemos sobre Paulo e Silas sendo colocados em uma prisão depois de serem açoitados por pregaram a Palavra de Deus. Convenhamos que depois de receberem tamanha punição e por estarem em um lugar nada confortável, talvez a última coisa que a carne deles estaria querendo naquela hora era louvar a Deus, mas como falamos antes, não é de fora pra dentro, é de dentro pra fora.

Leia o que diz em II coríntios 4:16: “Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia”

O corpo de Paulo e Silas poderia não ter motivo para adorar, mas o espírito deles estava pronto, renovado e eles começaram. O texto diz que enquanto eles oravam e cantavam a ponto dos outros presos ouvirem (não foi um canto caidinho, de qualquer jeito) houve um terremoto naquele lugar, as portas se abriram e as correntes se soltaram.

Não é pelo que sentimos. Comece pelo espírito e será questão de tempo para que sua alma e corpo também estejam envolvidos.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Deus escolheu Você



É comum todo cristão ouvir alguém dizendo: Deus escolheu você. Uma verdade eu digo, não um principio; um principio é aquilo que é estabelecido por Deus para algo especifico na terra. O Seu proposito é adorar, servir ao Rei e Senhor Jesus Cristo, todos sabem, mas Deus em si resolveu fazer a diferença, quando se trata de salvação Deus não faz acepção de pessoas, mas quando se trata de usar a vida de alguém para mudar uma geração inteira vemos Deus escolhendo poucos, entre tantos no meio do rebanho.
“Sabei pois, que o Senhor separou para Si aquele que lhe é querido, O senhor ouvira quando eu clamar a ele”. Salmo 4:3
Todo cristão tem entendimento do seu chamado, somos membros um dos outros um só corpo, mas com habilidades especificas, funções especificas no corpo de Cristo ao totalizarmos um, mas cada um desenvolve seu papel para que o Corpo seja completo e perfeito em todas as sua funções.
“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação.
“Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros”. Romanos 12:4,5
Deus te escolheu você sabe disso, eu sei disso, mas qual o motivo do seu chamado, fomos separados, separado é ser santo, ser santo é caminhar com Deus seguir a vontade do Eterno e ministrar a cura divina através da própria vida.
Sou um jovem cheio de duvidas, mas de algo eu sei, Deus me separou e me escolheu, Ele ouvira o meu clamor e o meu coração clama por uma geração sarada santa, livre das mazelas da alma, da imundície do mundo; eu e você somos agente de transformação precisamos mudar o Dna da igreja e nos apresentar como células saradas que produzem o oxigênio perfeito para que o corpo de Cristo se desenvolva na terra, sem macula sem mancha, digo de forma alusiva sem células cancerígenas que temos visto se multiplicar na igreja, é hora de tomarmos uma nova direção, a direção de Deus sem cruzamentos sem paradas, como servos de Deus precisamos deixar o falar de lado e nos tornarmos os lideres que fazem, e vivem o que ministram.
O mundo está necessitado de exemplos de pessoas que possuem o caráter o Dna de Deus que vivem os princípios da palavra, para que haja cura, libertação em todos os níveis ajuste de caráter humano, nós fomos chamados para isso, onde eu , você não for Deus não vai, onde eu não abrir minha boca para falar do evangelho Deus não dirá nada, Precisamos entrar em unidade como membros uns dos outros , mas com funções especificas para que o Corpo de Cristo seja glorificado e alcance a plenitude da sua gloria, que é a salvação humana por meio da fé, sou um jovem mas quero ser mais que um jovem que apenas serve por ter essa palavra em mente quero servir a Deus de verdade, ser um jovem modelo, modelo nos princípios estabelecidos por Deus.
“Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê o exemplo dos fieis, na palavra, nó trato, no amor, no espirito, na fé, na pureza Timóteo”.4:12
MODELO NA PALAVRA: Temos que conhecer a palavra de Deus, e primordialmente vive-la no nosso dia a dia.
MODELO NA FÉ: Devemos agir e viver pela fé, sem fé é impossível agradar a Deus, para mim que sou jovem experimentar da fé é algo extraordinário pois sei que a expectativas do jovem no Brasil hoje são minimas, ter fé é ir além dos que os olhos veem, é não se permitir ver o que as circunstancias querem que eu veja. Judas 1:20
MODELO NO TRATO: Trato também é procedimento, você tem sido modelo no trato , tem transparência na sua fé que você profere, as pessoas sentem através do seus atos a quem você serve, precisamos ser modelo no trato sermos transparente par que em nós seja transparecido a gloria de cristo. Gálatas 2:20
MODELO NO AMOR: O amor de Deus pela humanidade não hesitou em nos enviar seu único filho para que fossemos salvos por meio Dele. João 3:16
O amor é fruto do Espirito Santo, fomos alcançados pelo amor de Deus, também podemos ministrar o amor na vida das pessoas, porque cristo nos amou somos capazes de amar.
MODELO NA PUREZA: Você é liberto seu passado não opera no seu presente, nem tampouco tem poder sobre seu futuro, e’ possível ser modelo na pureza, não deixe que uma pequena mentira do diabo destrua uma grande verdade.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:36
Jesus foi um modelo a ser seguido, Jesus era diferente vivia o que falava, e falava o que vivia, esse era seu estilo de vida, e deve ser o seu. Mateus 7:28,29
Tomemos a nossa cruz, e sigamos o Mestre em direção ao nosso chamado, nossa chamada é mudar uma geração inteira, termos o caráter para ajustarmos o caráter, sermos santos para ministrarmos a santidade, sermos curados para ministrar a cura, e viver o evangelho para que também possamos dar vida as pessoas através dele.
Seja bem vindo a um tempo de cura, milagres e transformação de mente, para que com rostos descobertos possamos adorar a Deus e transparecermos sua gloria na terra.
Deus te abençoe!


Estudo Bíblico - Parte 2




1.4 A TEODICÉIA CRISTÃ

1.4.1 A VISÃO DO MAL COMO ELEMENTO DE CONSTRUÇÃO DO

CARÁTER


Um dos Pais da Igreja, chamado Ireneu de Lion (130 – 202), ao tratar da

existência do mal, apontou que este era necessário para o aperfeiçoamento de todos os

homens. Assim, o mal seria algo que contribuiria para o crescimento, fortalecimento e

amadurecimento do homem no mundo, sendo este um “vale onde as almas são

forjadas”.

Essa idéia é bastante interessante, principalmente para aqueles cristãos que

descobriram a graça e o amor de Deus em maior profundidade, justamente nos

momentos de aflição ou de sofrimento pelos quais passaram.

Contudo, essa visão não concilia a existência do mal com a também existência

de um Deus de amor, que é onipotente e poderia perfeitamente amadurecer o homem

sem que este necessitasse ser submetido a um contato com o mal.

E ainda, conforme ensina o Dr. Alister E. McGrath “essa abordagem parece

apenas encorajar uma aquiescência [aceitação] em relação à presença do mal no mundo,

sem apresentar nenhum direcionamento ou estímulo moral para que o homem resista ao

mal ou o supere”, o que é ensinado em Romanos 12.21.



1.4.2 O MAL ORIGINADO DA CRIATURA E NÃO DO CRIADOR

Outra abordagem sobre o assunto trouxe Aurélio Agostinho (354 – 430), que ele

formulou através de suas lutas contra o sistema gnóstico e sua evolução: o

maniqueísmo. Esse cristão fervoroso cria convictamente que tanto a criação, quanto a

redenção eram obras do mesmo Deus, desta maneira, seria loucura pensar que o mal

teria sido criado junto com as demais obras de Deus, pois isso colocaria em Deus a raiz

do mal.Conforme Agostinho o mundo fora criado por Deus em uma condição de

perfeição absoluta, entretanto, o homem, por fazer mal uso de sua liberdade, condenou a

si mesmo e ao mundo à corrupção pelo mal.

È o que ele diz em sua obra Confissões, nas seguintes passagens:

“Quem há mais inocente que Vós [Deus], pois são as próprias obras

que prejudicam os pecadores? (...) mas que repouso seguro há fora

do Senhor?”

“Assim que a alma peca, quando se aparta e busca fora de Vós o

que não pode encontrar puro e transparente, a não ser regressando a

Vós de novo.”

Contudo, para que o homem pudesse fazer mal uso de sua liberdade e escolher o

mal, este “mal” deveria existir precipuamente [anteriormente] à humanidade. Agostinho

apontou que o “mal anterior”, foi a tentação realizada por Satanás sobre Eva e Adão,

logo, Deus não poderia ser considerado o responsável pelo mal.

De onde, então, veio Satanás, posto que é uma criatura de Deus, e se Deus cria

todas as coisas boas, por indução não poderia ter criado um Diabo?

Agostinho aponta que Deus criou Satanás como um anjo perfeito e sem traço de

maldade, mas esse anjo quis se tornar semelhante a Deus, e dele veio a rebelião na qual

hoje se encontra o mundo.

A pergunta que viria em seguida seria: Como um anjo, criado bom e perfeito,

poderia ter se tornado mal? Segundo o Dr. Alister E. McGrath “Agostinho parece ter se

calado em relação a esse ponto”.


1.4.3 O MAL ORIGINADO PELO PECADO

João Calvino (1509 – 1564), o reformador europeu, em sua obra Institutas ou

Tratado da Religião Cristã, também aborda a existência do mal, e o expõe de maneira

clara, como sendo ele gerado totalmente pelo pecado, primeiro de Lúcifer, depois do

homem.

Segundo Calvino, nenhuma ligação pode ser engendrada [realizada] entre a

existência do mal na natureza, e Deus como criador dessa natureza, ser também o

“criador do mal”, conforme expõe nas Institutas:“Portanto, lembremo-nos de que nossa ruína deve ser imputada à

depravação de nossa natureza, não à natureza em si, em sua

condição original, para que não lancemos a acusação contra o

próprio Deus, como sendo o autor dessa natureza.”

“Portanto, afirmamos que o homem está corrompido por

depravação natural, contudo ela não se originou da própria natureza

– que foi criada perfeita por Deus. Negamos que essa depravação

tenha se originado da própria natureza como tal, para que deixemos

claro que ela é antes uma qualidade adventícia que sobreveio ao

homem, e não uma propriedade substancial que tenha sido

congênita desde o princípio.(..) Nem o fazemos sem um patrono,

porque, pela mesma causa, o Apóstolo ensina que somos todos por

natureza filhos da ira [Ef. 2.3].”

Explicação:

1. depravação natural – isto é, que veio de sua escolha pelo mal.

2. da própria natureza – que foi criada perfeita por Deus.

3. propriedade substancial – aquilo que constitui a base de algo, a origem.

4. congênita – gerado simultaneamente com a Criação.

Por não ser Deus o criador do mal, concluiu Calvino que:

“Como poderia Deus, a quem uma a uma comprazem suas mínimas

obras, ser inimigo da mais nobre de todas as criaturas [o homem]?

Deus, porém, é antes inimigo da corrupção de sua obra, e não da

própria obra.”

Desta maneira, é ensinado que o problema do mal não reside em Deus, mas na

corrupção que sofreu a natureza, sendo que esta corrupção foi efetuada, primeiramente

por Satanás e, posteriormente, através da sedução de Satanás, pelo homem, que foi

criado perfeito.


1.4.3.1 A ORIGEM DO MAL EM SATANÁS

Como havia pensado anteriormente Agostinho, Calvino localizou a origem do

mal no mundo como proveniente de Lúcifer que, pecando, tornou-se Satanás, segundo o

próprio Calvino ensina:“Como, porém, o Diabo foi criado por Deus, lembremo-nos de que

esta malignificência que atribuímos à sua natureza não procede da

criação, mas da depravação. Tudo quanto, pois, tem ele de

condenável, sobre si evocou por sua defecção e queda. Pois visto

que a Escritura nos adverte, para que não venhamos, crendo que ele

recebeu de Deus exatamente o que é agora, a atribuir ao próprio

Deus o que lhe é absolutamente estranho. Por esta razão, Cristo

declara [Jo. 8.44] que Satanás, quando profere a mentira, fala do

que é próprio à sua natureza, e apresenta a causa: „porque não

permaneceu na verdade‟.

De fato, quando estatui que Satanás não persistiu na verdade,

implica em que outrora ele estivera nela; e quando o faz pai da

mentira, lhe exime isto: que não se impute a Deus a falta da qual

ele mesmo foi a causa.”

Explicação:

1. não procede da criação, mas da depravação – Deus criou a Lúcifer, que em

grego significa “portador da luz”, contudo este se degenerou, ao querer ser semelhante

a Deus, pecando, e se tornando Satanás, que em hebraico significa “adversário”.

2. De fato, quando estatui que Satanás não persistiu na verdade, implica em que

outrora ele estivera nela – ou seja, em princípio ele fora um ser bom e perfeito, que por

decisão própria se afastou de Deus.

Assim, o mal possui uma origem, não em Deus, mas em uma de suas criaturas

perfeitas, que intentou tornar-se maior que seu criador, o que Deus não admite (Is.

42.8).


1.4.3.2 A ORIGEM DO MAL NO HOMEM E SUA EXTENSÃO A TODA

CRIAÇÃO


Satanás havia pecado e, consequentemente, foi expulso da presença de Deus e de

suas santas atribuições (Is. 14). Um novo mundo havia sido recriado, e nele um novo ser

fora feito: o homem, sendo que o primeiro foi chamado por Deus de Adão.

Adão fora criado em perfeição material e espiritual, possuindo em estado

completo o livre-arbítrio, e ainda mais: possuindo a inclinação natural para o bem. Deus

lhe colocou no Éden e, para tornar válido seu livre-arbítrio, lhe impôs que da “árvore do

conhecimento do bem e do mal” não comesse, pois quando o fizesse, “certamente

morreria” (Gn. 2.9, 16-17).

Nesse ponto Calvino diz:“Deve-se, portanto, mirar mais alto, visto que a proibição da árvore

do conhecimento do bem e do mal foi um teste de obediência; de

modo que, ao obedecer, Adão podia provar que se sujeitava à

autoridade de Deus, de livre e deliberada vontade. Com efeito, o

próprio nome da árvore evidencia que o propósito do preceito não

era outro senão que, contente com sua sorte, o homem não se

alçasse mais alto, movido de ímpia cobiça.”

“Portanto, Adão podia manter-se [o livre-arbítrio], se o quisesse,

visto que não caiu senão de sua própria vontade. Entretanto, já que

sua perseverança era flexível, por isso veio tão facilmente a cair.

Contudo, a escolha do bem e do mal lhe era livre. Não só isso, mas

ainda suma retidão havia em sua mente e em sua vontade, e todas

as partes orgânicas estavam adequadamente ajustadas à sua

obediência, até que, perdendo-se a si próprio, corrompeu todo o

bem que nele havia.”

Já conhecemos a história, Eva e Adão comeram do fruto proibido e atraíram

sobre si a mesma maldição do pecado que estava sobre o tentador, Satanás.

Mais uma vez Calvino explica que:

“Entretanto, ao mesmo tempo é preciso notar que o primeiro

homem se alijou [afastou] da soberania de Deus, porque não só se

fez presa aos engodos de Satanás, mas ainda, desprezando a

verdade, se desviou para a mentira. E de fato, desprezada a palavra

de Deus, quebrantada lhe é toda reverência, pois não se preserva de

outra maneira sua majestade entre nós, nem seu culto é mantido

íntegro, a não ser enquanto atenciosamente ouvirmos sua voz.

Conseqüentemente, a raiz da queda foi a falta de fidelidade.”

Logo, a culpa do pecado, e a consequente existência do mal está totalmente

atrelada aos atos do homem, que no desejo de ser como Deus (Gn. 3:4-6), Dele se

afastou, e por esse afastamento trouxe sobre toda a Terra o efeito devastador do mal,

através do pecado (Gn. 3.17).



1.5 HARMONIZANDO AS TEORIAS E APONTANDO PARA UMA

TEODICÉIA BÍBLICA


Agora, posto que já pudemos ver, basicamente, as três mais imponentes

teodicéias cristãs, é necessário concluirmos e respondermos: afinal de onde o mal veio,

e qual o seu propósito no mundo?Com absoluta certeza, se olharmos para a vida prática, o mal contribui para o

aperfeiçoamento do caráter dos cristãos que o suportam e vencem, pois assim a Bíblia

ensina em diversas passagens (Sl. 116.15, Tg. 5.10-11, 1Pe. 4.19).

Também, pensando como Agostinho e Calvino, de maneira alguma podemos

atribuir a Deus a criação do mal, mas este é decorrência exclusiva da atitude do homem

de escolher – quando assim podia fazer livremente – pelo caminho do pecado e não da

fidelidade à Deus, mesmo que tenha sido tentado pelo Diabo, visto que possuía

completa capacidade de resisti-lo – não o fazendo por livre escolha.

Assim, podemos concluir, sem sombra de dúvidas, que a origem do mal é o

afastamento e desobediência à vontade de Deus. Pode parecer muito simplista essa

afirmação, mas Aquele que possui Nele mesmo todas as coisas e no qual habita toda a

plenitude, assim determinou em sua soberana vontade (Is. 43.13).

Logo, a busca da independência de Deus, primeiramente de Lúcifer, e depois do

homem, levou o mundo, que era perfeito, ao atual estado de perversidade e sofrimento

(Ec. 7.9).

Entretanto, podemos ter certeza que todas as coisas, sejam boas, sejam más,

estão contribuindo para o propósito de Deus (Rm. 8.28-30), expresso em Cristo Jesus

(Rm. 5.18-21), que não podemos distinguir claramente agora (Dt. 29.29), mas em breve,

quando Ele vier, nós compreenderemos perfeitamente (1Co. 13.12).

Assim, se da existência do mal, deriva mais glória a Deus – pois o mal acentua

ainda mais a completa bondade, perfeição, justiça e santidade de Deus – cumpre aos

cristãos, com todo temor (Hb. 12.25), se alegrarem por terem sido alcançados e feitos

participantes da vocação celestial (Hb. 3:1).

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Estudo Bíblico - Parte 1




1. A ORIGEM DO MAL (TEODICÉIA)

“Procurei o que era a maldade [o mal] e não encontrei uma substância, mas sim uma perversão da vontade desviada da substância suprema – de Vós, ò Deus – e tendendo para as coisas baixas: vontade que derrama as suas entranhas e se levanta com intumescência. (Agostinho, Aurélio. Confissões. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 190).


1.1 INTRODUÇÃO

O tema do presente estudo, apesar de receber um nome pouco conhecido, traz à tona uma questão notória e que inquieta a todos: o problema do mal, de onde ele se originou e, principalmente, o que Deus tem a ver com ele.

Por que o mal existe? Qual a razão de Deus tolerá-lo? Tais perguntas fizeram parte da vida e dos pensamentos de todos os homens que creram e dos que crêem em um “Deus soberanamente bom e justo”. A própria Bíblia traz exemplos de homens de Deus que O questionaram sobre esse tema:

“Tu [Deus] és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar. Por que olhas para os que procedem aleivosamente, e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?” (Habacuque 1.13)

“Mas Gideão lhe respondeu: Ai, Senhor meu, se o SENHOR é conosco, por que tudo isto [mal, adversidade] nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém agora o SENHOR nos desamparou, e nos deu nas mãos dos midianitas.” (Juízes 6.13)


1.2 A ABORDAGEM FILOSÓFICO-CIENTÍFICA

Teodicéia foi uma palavra criada nos meados do sec. XVI, pelo filósofo e jurista alemão Gottfried Wilhelm Leibniz.

Essa palavra deriva do grego Théos = Deus + Diké = Justiça, que por aglutinação formaram o vocábulo “teodicéia”, cujo significado literal é “Justiça de Deus”, ou como foi utilizado pelo filósofo alemão Leibniz: “estudo da justificação de Deus frente à existência do mal”.

Na obra desse filósofo, que aborda o assunto da existência do mal, chamada Escritos de uma Teodicéia, ele apresenta sua visão de Deus, muito parecida com a visão moral (que viria a ser formulada por Kant, um século depois), conforme abaixo:

“As perfeições de Deus são aquelas de nossas almas, mas, Ele as possui em ilimitada medida; Ele é um Oceano, do qual apenas gotas nos são concedidas; há, em nós, algum poder, algum conhecimento, alguma bondade, mas, em Deus estão em sua inteireza. Ordem, proporções, harmonia nos encantam; (…) Deus é todo ordem; Ele sempre mantém a verdade das proporções, Ele torna a harmonia universal; toda beleza é uma efusão de Seus raios.”

Diante de tal posicionamento, nota-se claramente que Leibniz “não colocava o problema do mal em Deus”, mas apenas fazia referência que seria impossível determinar, de uma maneira completa e lógica como e por quê o mal existe, assim como é impossível à uma única estrela determinar a imensidão do universo do qual ela faz parte.

Ou seja, a estrela (exemplo) faz parte do universo, contudo não expressa a completude do universo, logo, a explicação do mal e sua relação com Deus é possível de ser efetuada satisfatoriamente, e é verdadeira, porém incompleta, da mesma forma que a estrela é apenas uma parte de um infinito universo, que no caso são os mistérios de Deus.

Continuando suas explicações sobre a teodicéia, Leibniz afirma:

“Ora, essa suprema sabedoria [de Deus], aliada a uma bondade que é infinita, não pode escolher exceto o melhor. Pois, tal como um mal menos é um tipo de bem, também um bem menos é um tipo de mal se é um obstáculo a um bem superior; e haveria algo a corrigir nas ações de Deus se fosse possível fazer melhor. Como nas matemáticas, quando não há máximo nem mínimo, em resumo, nada haveria a distinguir, tudo é feito de modo igual; ou quando aquilo não é possível, nada é feito: então, pode-se afirmar o mesmo com respeito à sabedoria divina (que não é menos ordenada que as matemáticas) que se não houvesse o melhor (optimum) entre todos os mundos possíveis, Deus não teria produzido.”

Em resumo, para Leibniz, Deus criou o mundo da forma como ele é, porque este é “o melhor dos mundos”. Entretanto essa é uma visão racionalista, isto é, que parte apenas dos pressupostos lógicos para a formulação do conceito de “melhor possível”, levando-se em conta que como Deus é o “melhor moral”, Ele criou o mundo tal como é por ser ele (o mundo) o melhor possível, ou seja, que Deus não poderia ter feito outro mundo melhor que não fosse esse (vinculação).

Contudo, a visão de Leibniz está invertida, como disse o Dr. W. Gary Crampton:

“Leibniz tem uma visão invertida. Deus não escolheu este mundo porque ele é o melhor; ao invés, ele é o melhor porque Deus o escolheu.”

Logo, apenas a visão filosófica e racional não é capaz de explicar e aquietar o homem acerca da questão da existência do mal, portanto é necessária uma teodicéia com bases bíblicas para responder plenamente sobre a existência do mal.


1.3 TEORIAS A RESPEITO DO MAL

Muitas teorias têm apontado que o mal no mundo é fruto da concorrência de dois deuses finitos (maniqueísmo), outros negam totalmente a existência do mal e ainda outros propõe a existência de um deus finito.

Entretanto, citando mais uma vez o Dr. W. Gary Crampton:

“Estas teorias, é claro, estão longe de ser uma teodicéia bíblica. A Bíblia deixa muito claro que o mal não é ilusório. O pecado é real; provocou a queda do homem e a maldição de Deus sobre todo o cosmos (Gn. 3). Também Deus não deve ser visto como menos que uma divindade onipotente e onisciente. Ele é o Criador ex nihilo do universo (Gn. 1:1 e Hb. 1.1-3). Mais ainda, o fato de Deus ser o Criador e Sustentador de todas as coisas vai de encontro a qualquer forma de dualismo. Deus não sofre nenhuma concorrência (Jó. 33.13).”

Explicação:

1. ex nihilo  do latim, que significa do inexistente, do nada.

Portanto, se não há possibilidade da existência de dois deuses (um bom e outro mal, que duelam em nível de igualdade), nem de Deus ser finito, e se o mal realmente existe, deve haver uma explicação para o mal existir, e de que Deus não é seu autor, nem com ele concorda.


Fonte: Aliança do Calvário


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Vamos louvar?











Devocional



Deixe Deus ser o suficiente

Nunca há o suficiente, ao que parece.
Não há tempo, sorte, crédito, sabedoria, inteligência o suficiente. Então nós nos preocupamos. Mas a preocupação não funciona!

Jesus disse, “Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” Você pode dedicar uma década de pensamentos ansiosos sobre a brevidade da vida e não estendê-la um minuto. A preocupação não leva a nada.

Jesus não condena a preocupação legítima com as responsabilidades. É o pensamento contínuo nas preocupações que dispensa a presença de Deus. Ele retira Deus do futuro, enfrenta as incertezas sem fé e contabiliza os desafios do dia sem colocar Deus na equação.

Jesus disse, “Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá.”

Deixe Deus ser o suficiente!

por Max Lucado

terça-feira, 16 de abril de 2013

Devocional




O Ramo e a Videira


"Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim." João 15:4.

Deus quer estar tão unido a nós quanto um ramo na videira.
 Um é a extensão do outro.
 É impossível dizer onde começa um e termina o outro.
 O ramo não é conectado apenas no momento de dar frutos.
 O jardineiro não mantém o ramo numa caixa,
 e então, no dia em que deseja uvas, gruda-o à videira.
 Não,
 o ramo constantemente retira nutrição da videira.

Deus também usa o templo para representar a intimidade que Ele deseja.
 "Ou não sabeis", indaga Paulo, "que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co 6:19).
Medite um instante comigo a respeito do templo.
 Deus não vem e vai, aparece e desaparece.
 Ele é uma presença permanente, sempre disponível.
Que boa notícia incrível para nós!
 Nunca estamos longe de Deus! 

(Texto: Max Lucado)

Tudo é possível ao que crer


Eu demoro a entender as pessoas que já tiveram provas de Deus, experiências com Deus e continuam duvidando da eficácia da Palavra de Jeová, em que nos revela que: “Ele tudo pode.”
Os percalços da vida, que variavelmente nos envolvemos, são para provar nossa fé, seria muito ruim, sermos reprovados depois de já termos participado do maná dos céus.
Na parábola do semeador (Mt 13), as pedras, os espinhos, o solo arenoso, a raiz rasa, foram metáforas utilizadas para simbolizar os problemas que nós podemos enfrentar e que, conseqüentemente, pode nos levar a abandonar o barco. O que devemos lembrar é que: quem rouba as sementes é o diabo, e quem tem mais semente para semear é o semeador Jeová. Quanto mais o diabo rouba, mais o Senhor tem para nos dá.
Satanás já errou uma vez quando enterrou a semente durante três dias, a semente brotou em amore ressuscitou em vitória; Jesus é a Semente do Semeador
Ainda dentro dessa parábola, Jesus reservou sementes para a boa terra, onde deu fruto, um a cem, outro, a sessenta, e outro, a trinta. Jesus reserva os melhores frutos para nós, esse é o seu desejo.
Tudo isso, me leva a conscientizar aos que lêem esse artigo, que não duvide de Deus, tudo é possível para Ele, e Ele e suficientemente capaz de abençoar nossa sementeira.
A propósito, vou encerrar com uma frase que eu li de Myles Munroe: “Quando estiver em dúvida, tenha fé.”





sexta-feira, 12 de abril de 2013

Distrações que nos roubam a visita de Deus



“E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude. E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” ( Lucas 10:38-42 )
Certa vez Jesus resolveu fazer uma visita a uma mulher. O nome da mulher era Marta e ela tinha uma irmã chamada Maria. Maria ouvia atentamente a Palavra de Deus:
“E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra”
Porém, Marta “andava distraída em muitos serviços…” ( Lucas 10:40 )
A distração com muitos serviços estava roubando de Marta a Palavra e as bênçãos de Deus. Marta, por causa da sua distração, não estava recebendo a palavra que perdoa, salva, cura, liberta e dá vitória.
Precisamos observar que Marta não estava distraída com apenas um serviço, mas com vários serviços.
Será que hoje nós não andamos distraídos não apenas com o nosso trabalho diário, mas também com outros serviços fora do horário de trabalho? Existem pessoas que têm não apenas um serviço, mas dois ou três ou vários serviços. Tais pessoas além de trabalhar de dia, o que é o correto, trabalham também de noite e de madrugada. Uma coisa é a pessoa ter que trabalhar noutro serviço além do trabalho diurno porque ganha pouco e precisa complementar a renda.
Outra coisa totalmente diferente é quando a pessoa tem uma caminhonete S-10 por exemplo, e arruma outros serviços à noite e de madrugada pra comprar uma caminhonete Hillux. Essa pessoa, nesse caso, trabalha de noite e de madrugada para ganhar mais por ganhar mais, isto é, por consumismo e ganância.
Infelizmente, Marta, por causa da sua distração em vários serviços, estava perdendo a visita de Jesus na sua casa e na sua vida. Será que nós também não temos perdido a visita de Jesus em nossa casa e em nossas vidas por causa de distrações, como:
- Trabalhos Extras
- Falta de planejamento do tempo
- Novelas
- Futebol
- Internet ( Facebook )
Será que essas coisas não estão roubando a presença e a visita de Jesus em nossas casas e em nossas vidas?
Precisamos separar um tempo diário para Deus, fazer o nosso devocional a Ele.
Precisamos nos unir ao Senhor sem distração alguma, como está escrito:
“E digo isso para proveito vosso; não para vos enlaçar, mas para o que é decente e conveniente, para vos unirdes ao Senhor, sem distração alguma” ( 1 Coríntios 7:35 )
“E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do Homem” ( Lucas 21:34-36 )
Nesses últimos dias, as pessoas têm andado muito distraídas com a ilusão das riquezas, com os pecados da glutonaria, da bebedice e outros pecados e com as preocupações da vida. Tais pessoas, se não acordarem das suas distrações a tempo, serão pegas de surpresa naquele grande dia do arrebatamento.

Apostasia




Embora um crente autêntico não perca a salvação, no entanto, pode se desviar do caminho da verdade. Havia na própria Igreja Primitiva, conforme os escritos dos apóstolos, um grande contingente de apóstatas, que eram pessoas que haviam abraçado nominalmente a fé cristã, e que por fim chegavam até mesmo a ocupar posições de liderança na igreja, ensinando um falso evangelho ou práticas pervertidas.
Estes casos de apostasia prática, sem se levar em conta condição destes apóstatas quanto a terem tido uma verdadeira experiência de conversão, pela justificação e regeneração do Espírito, levava os líderes da igreja a agirem para manterem a pureza doutrinária e de vida entre os verdadeiros crentes.
As exortações contra a apostasia, deveriam ser de tal natureza, que ficasse bem clara a condição em que se encontravam os apóstatas diante de Deus, sendo dignos de serem submetidos a um juízo terrível, de modo que ninguém se sentisse encorajado a apostatar da fé.
Eles não transitariam livremente com suas heresias e mau exemplo, valendo-se da longanimidade divina, que retarda Seu juízo sobre os inimigos da verdade, pensando que isto seria uma opção viável e segura, uma vez que se tivesse tido um primeiro contato com a fé evangélica.
O fato de Deus tolerar e suportar que o erro caminhe ao lado da verdade, que o joio cresça ao lado do trigo, não significa de modo algum que Ele seja indiferente ao erro.
Era exatamente contra este perigo de se viver longe de Cristo, que o autor de Hebreus estava tencionando alertar aqueles crentes judeus que estavam colocando sua fé simplesmente na lei cerimonial de Moisés, buscando se aperfeiçoarem na carne, ou seja, segundo o velho homem,
e não na ação regeneradora e renovadora do Espírito Sant que opera no novo homem criado em justiça segundo Deus.
Para estimular os crentes à perseverança, Deus associou o conforto e certeza da salvação, a um caminhar fiel na Sua presença; de modo que não se pode ter isto, quando se caminha de um modo desordenado, que traz, grande desonra, não somente para aquele que assim caminha, como também para o próprio Deus e para a Igreja.
Não é porque Deus prometeu uma aliança eterna e segura, na qual tem usado de longanimidade
e misericórdia, que temos liberdade consentida da parte dEle, para abusar de tal bondade.
Tanta graça e tanto amor, ao contrário, deveriam nos constranger a uma completa fidelidade.
Pr Silvio Dutra

Edificante!




Paulo Junior um homem de Deus, um homem com intimidade com Deus, um servo que pelas suas palavras e por sua sabedoria podemos sentir que é Deus falando conosco.