domingo, 21 de abril de 2013

Verdadeiros Adoradores





João 4:23 No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o pai procura.

O capítulo quatro do livro de João narra a história de uma mulher samaritana que se encontrava junto a um poço de água e Jesus pára para conversar com ela e pedir um pouco de água. No meio da conversa, após Jesus revelar algo íntimo da vida desta mulher, ela o reconhece como profeta e levanta uma questão a Jesus sobre a adoração, dizendo que seus antepassados adoraram em um determinado monte e Jesus ensina a ela sobre a adoração citando a passagem destacada acima.

O mundo vive baseando-se por aquilo que vê ou o que sente. Quando estávamos longe de Deus, aquilo que estava acontecendo ao nosso redor, as circunstâncias, que determinavam como seria toda a nossa semana ou dia. Temos que entender que a vida cristã não é dessa maneira. Aquele que recebe Jesus como Senhor da sua vida passa a ter uma vida diferente, a vida que ele vive agora é de fé em fé, e a fé não está presa a nenhuma circunstância. O cristão aprende a viver de dentro para fora e não mais de fora para dentro, ou seja, as circunstâncias não ditam meu dia, mas é a minha fé que dita a circunstância, ao monte (Marcos 11:23). Não vivemos mais pelo que vemos, mas pelo que cremos (II Coríntios 5:7; 4:18).

Jesus estava dizendo aquela mulher que chegou a hora, desde já os verdadeiros adoradores não mais adorariam de uma forma “x” ou “y”, não seria mais um lugar, um método, uma posição, mas seria uma posição interior, algo que passaria a ser de dentro para fora.

Adoramos a Deus pelo que Ele é, independente do que posso ver, assim o faço reconhecendo seu caráter e sua majestade. Não é algo que começa quando chego a uma igreja, mas é o que faz parte da minha vida em qualquer lugar e a qualquer momento. A adoração não está ligada somente a música, mas esta também é uma forma de adoração. A adoração está ligada as minhas atitudes e tudo o que sai da minha boca que reverencie o caráter de Deus.

Em Atos 16:16-39 lemos sobre Paulo e Silas sendo colocados em uma prisão depois de serem açoitados por pregaram a Palavra de Deus. Convenhamos que depois de receberem tamanha punição e por estarem em um lugar nada confortável, talvez a última coisa que a carne deles estaria querendo naquela hora era louvar a Deus, mas como falamos antes, não é de fora pra dentro, é de dentro pra fora.

Leia o que diz em II coríntios 4:16: “Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia”

O corpo de Paulo e Silas poderia não ter motivo para adorar, mas o espírito deles estava pronto, renovado e eles começaram. O texto diz que enquanto eles oravam e cantavam a ponto dos outros presos ouvirem (não foi um canto caidinho, de qualquer jeito) houve um terremoto naquele lugar, as portas se abriram e as correntes se soltaram.

Não é pelo que sentimos. Comece pelo espírito e será questão de tempo para que sua alma e corpo também estejam envolvidos.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Deus escolheu Você



É comum todo cristão ouvir alguém dizendo: Deus escolheu você. Uma verdade eu digo, não um principio; um principio é aquilo que é estabelecido por Deus para algo especifico na terra. O Seu proposito é adorar, servir ao Rei e Senhor Jesus Cristo, todos sabem, mas Deus em si resolveu fazer a diferença, quando se trata de salvação Deus não faz acepção de pessoas, mas quando se trata de usar a vida de alguém para mudar uma geração inteira vemos Deus escolhendo poucos, entre tantos no meio do rebanho.
“Sabei pois, que o Senhor separou para Si aquele que lhe é querido, O senhor ouvira quando eu clamar a ele”. Salmo 4:3
Todo cristão tem entendimento do seu chamado, somos membros um dos outros um só corpo, mas com habilidades especificas, funções especificas no corpo de Cristo ao totalizarmos um, mas cada um desenvolve seu papel para que o Corpo seja completo e perfeito em todas as sua funções.
“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação.
“Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros”. Romanos 12:4,5
Deus te escolheu você sabe disso, eu sei disso, mas qual o motivo do seu chamado, fomos separados, separado é ser santo, ser santo é caminhar com Deus seguir a vontade do Eterno e ministrar a cura divina através da própria vida.
Sou um jovem cheio de duvidas, mas de algo eu sei, Deus me separou e me escolheu, Ele ouvira o meu clamor e o meu coração clama por uma geração sarada santa, livre das mazelas da alma, da imundície do mundo; eu e você somos agente de transformação precisamos mudar o Dna da igreja e nos apresentar como células saradas que produzem o oxigênio perfeito para que o corpo de Cristo se desenvolva na terra, sem macula sem mancha, digo de forma alusiva sem células cancerígenas que temos visto se multiplicar na igreja, é hora de tomarmos uma nova direção, a direção de Deus sem cruzamentos sem paradas, como servos de Deus precisamos deixar o falar de lado e nos tornarmos os lideres que fazem, e vivem o que ministram.
O mundo está necessitado de exemplos de pessoas que possuem o caráter o Dna de Deus que vivem os princípios da palavra, para que haja cura, libertação em todos os níveis ajuste de caráter humano, nós fomos chamados para isso, onde eu , você não for Deus não vai, onde eu não abrir minha boca para falar do evangelho Deus não dirá nada, Precisamos entrar em unidade como membros uns dos outros , mas com funções especificas para que o Corpo de Cristo seja glorificado e alcance a plenitude da sua gloria, que é a salvação humana por meio da fé, sou um jovem mas quero ser mais que um jovem que apenas serve por ter essa palavra em mente quero servir a Deus de verdade, ser um jovem modelo, modelo nos princípios estabelecidos por Deus.
“Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê o exemplo dos fieis, na palavra, nó trato, no amor, no espirito, na fé, na pureza Timóteo”.4:12
MODELO NA PALAVRA: Temos que conhecer a palavra de Deus, e primordialmente vive-la no nosso dia a dia.
MODELO NA FÉ: Devemos agir e viver pela fé, sem fé é impossível agradar a Deus, para mim que sou jovem experimentar da fé é algo extraordinário pois sei que a expectativas do jovem no Brasil hoje são minimas, ter fé é ir além dos que os olhos veem, é não se permitir ver o que as circunstancias querem que eu veja. Judas 1:20
MODELO NO TRATO: Trato também é procedimento, você tem sido modelo no trato , tem transparência na sua fé que você profere, as pessoas sentem através do seus atos a quem você serve, precisamos ser modelo no trato sermos transparente par que em nós seja transparecido a gloria de cristo. Gálatas 2:20
MODELO NO AMOR: O amor de Deus pela humanidade não hesitou em nos enviar seu único filho para que fossemos salvos por meio Dele. João 3:16
O amor é fruto do Espirito Santo, fomos alcançados pelo amor de Deus, também podemos ministrar o amor na vida das pessoas, porque cristo nos amou somos capazes de amar.
MODELO NA PUREZA: Você é liberto seu passado não opera no seu presente, nem tampouco tem poder sobre seu futuro, e’ possível ser modelo na pureza, não deixe que uma pequena mentira do diabo destrua uma grande verdade.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:36
Jesus foi um modelo a ser seguido, Jesus era diferente vivia o que falava, e falava o que vivia, esse era seu estilo de vida, e deve ser o seu. Mateus 7:28,29
Tomemos a nossa cruz, e sigamos o Mestre em direção ao nosso chamado, nossa chamada é mudar uma geração inteira, termos o caráter para ajustarmos o caráter, sermos santos para ministrarmos a santidade, sermos curados para ministrar a cura, e viver o evangelho para que também possamos dar vida as pessoas através dele.
Seja bem vindo a um tempo de cura, milagres e transformação de mente, para que com rostos descobertos possamos adorar a Deus e transparecermos sua gloria na terra.
Deus te abençoe!


Estudo Bíblico - Parte 2




1.4 A TEODICÉIA CRISTÃ

1.4.1 A VISÃO DO MAL COMO ELEMENTO DE CONSTRUÇÃO DO

CARÁTER


Um dos Pais da Igreja, chamado Ireneu de Lion (130 – 202), ao tratar da

existência do mal, apontou que este era necessário para o aperfeiçoamento de todos os

homens. Assim, o mal seria algo que contribuiria para o crescimento, fortalecimento e

amadurecimento do homem no mundo, sendo este um “vale onde as almas são

forjadas”.

Essa idéia é bastante interessante, principalmente para aqueles cristãos que

descobriram a graça e o amor de Deus em maior profundidade, justamente nos

momentos de aflição ou de sofrimento pelos quais passaram.

Contudo, essa visão não concilia a existência do mal com a também existência

de um Deus de amor, que é onipotente e poderia perfeitamente amadurecer o homem

sem que este necessitasse ser submetido a um contato com o mal.

E ainda, conforme ensina o Dr. Alister E. McGrath “essa abordagem parece

apenas encorajar uma aquiescência [aceitação] em relação à presença do mal no mundo,

sem apresentar nenhum direcionamento ou estímulo moral para que o homem resista ao

mal ou o supere”, o que é ensinado em Romanos 12.21.



1.4.2 O MAL ORIGINADO DA CRIATURA E NÃO DO CRIADOR

Outra abordagem sobre o assunto trouxe Aurélio Agostinho (354 – 430), que ele

formulou através de suas lutas contra o sistema gnóstico e sua evolução: o

maniqueísmo. Esse cristão fervoroso cria convictamente que tanto a criação, quanto a

redenção eram obras do mesmo Deus, desta maneira, seria loucura pensar que o mal

teria sido criado junto com as demais obras de Deus, pois isso colocaria em Deus a raiz

do mal.Conforme Agostinho o mundo fora criado por Deus em uma condição de

perfeição absoluta, entretanto, o homem, por fazer mal uso de sua liberdade, condenou a

si mesmo e ao mundo à corrupção pelo mal.

È o que ele diz em sua obra Confissões, nas seguintes passagens:

“Quem há mais inocente que Vós [Deus], pois são as próprias obras

que prejudicam os pecadores? (...) mas que repouso seguro há fora

do Senhor?”

“Assim que a alma peca, quando se aparta e busca fora de Vós o

que não pode encontrar puro e transparente, a não ser regressando a

Vós de novo.”

Contudo, para que o homem pudesse fazer mal uso de sua liberdade e escolher o

mal, este “mal” deveria existir precipuamente [anteriormente] à humanidade. Agostinho

apontou que o “mal anterior”, foi a tentação realizada por Satanás sobre Eva e Adão,

logo, Deus não poderia ser considerado o responsável pelo mal.

De onde, então, veio Satanás, posto que é uma criatura de Deus, e se Deus cria

todas as coisas boas, por indução não poderia ter criado um Diabo?

Agostinho aponta que Deus criou Satanás como um anjo perfeito e sem traço de

maldade, mas esse anjo quis se tornar semelhante a Deus, e dele veio a rebelião na qual

hoje se encontra o mundo.

A pergunta que viria em seguida seria: Como um anjo, criado bom e perfeito,

poderia ter se tornado mal? Segundo o Dr. Alister E. McGrath “Agostinho parece ter se

calado em relação a esse ponto”.


1.4.3 O MAL ORIGINADO PELO PECADO

João Calvino (1509 – 1564), o reformador europeu, em sua obra Institutas ou

Tratado da Religião Cristã, também aborda a existência do mal, e o expõe de maneira

clara, como sendo ele gerado totalmente pelo pecado, primeiro de Lúcifer, depois do

homem.

Segundo Calvino, nenhuma ligação pode ser engendrada [realizada] entre a

existência do mal na natureza, e Deus como criador dessa natureza, ser também o

“criador do mal”, conforme expõe nas Institutas:“Portanto, lembremo-nos de que nossa ruína deve ser imputada à

depravação de nossa natureza, não à natureza em si, em sua

condição original, para que não lancemos a acusação contra o

próprio Deus, como sendo o autor dessa natureza.”

“Portanto, afirmamos que o homem está corrompido por

depravação natural, contudo ela não se originou da própria natureza

– que foi criada perfeita por Deus. Negamos que essa depravação

tenha se originado da própria natureza como tal, para que deixemos

claro que ela é antes uma qualidade adventícia que sobreveio ao

homem, e não uma propriedade substancial que tenha sido

congênita desde o princípio.(..) Nem o fazemos sem um patrono,

porque, pela mesma causa, o Apóstolo ensina que somos todos por

natureza filhos da ira [Ef. 2.3].”

Explicação:

1. depravação natural – isto é, que veio de sua escolha pelo mal.

2. da própria natureza – que foi criada perfeita por Deus.

3. propriedade substancial – aquilo que constitui a base de algo, a origem.

4. congênita – gerado simultaneamente com a Criação.

Por não ser Deus o criador do mal, concluiu Calvino que:

“Como poderia Deus, a quem uma a uma comprazem suas mínimas

obras, ser inimigo da mais nobre de todas as criaturas [o homem]?

Deus, porém, é antes inimigo da corrupção de sua obra, e não da

própria obra.”

Desta maneira, é ensinado que o problema do mal não reside em Deus, mas na

corrupção que sofreu a natureza, sendo que esta corrupção foi efetuada, primeiramente

por Satanás e, posteriormente, através da sedução de Satanás, pelo homem, que foi

criado perfeito.


1.4.3.1 A ORIGEM DO MAL EM SATANÁS

Como havia pensado anteriormente Agostinho, Calvino localizou a origem do

mal no mundo como proveniente de Lúcifer que, pecando, tornou-se Satanás, segundo o

próprio Calvino ensina:“Como, porém, o Diabo foi criado por Deus, lembremo-nos de que

esta malignificência que atribuímos à sua natureza não procede da

criação, mas da depravação. Tudo quanto, pois, tem ele de

condenável, sobre si evocou por sua defecção e queda. Pois visto

que a Escritura nos adverte, para que não venhamos, crendo que ele

recebeu de Deus exatamente o que é agora, a atribuir ao próprio

Deus o que lhe é absolutamente estranho. Por esta razão, Cristo

declara [Jo. 8.44] que Satanás, quando profere a mentira, fala do

que é próprio à sua natureza, e apresenta a causa: „porque não

permaneceu na verdade‟.

De fato, quando estatui que Satanás não persistiu na verdade,

implica em que outrora ele estivera nela; e quando o faz pai da

mentira, lhe exime isto: que não se impute a Deus a falta da qual

ele mesmo foi a causa.”

Explicação:

1. não procede da criação, mas da depravação – Deus criou a Lúcifer, que em

grego significa “portador da luz”, contudo este se degenerou, ao querer ser semelhante

a Deus, pecando, e se tornando Satanás, que em hebraico significa “adversário”.

2. De fato, quando estatui que Satanás não persistiu na verdade, implica em que

outrora ele estivera nela – ou seja, em princípio ele fora um ser bom e perfeito, que por

decisão própria se afastou de Deus.

Assim, o mal possui uma origem, não em Deus, mas em uma de suas criaturas

perfeitas, que intentou tornar-se maior que seu criador, o que Deus não admite (Is.

42.8).


1.4.3.2 A ORIGEM DO MAL NO HOMEM E SUA EXTENSÃO A TODA

CRIAÇÃO


Satanás havia pecado e, consequentemente, foi expulso da presença de Deus e de

suas santas atribuições (Is. 14). Um novo mundo havia sido recriado, e nele um novo ser

fora feito: o homem, sendo que o primeiro foi chamado por Deus de Adão.

Adão fora criado em perfeição material e espiritual, possuindo em estado

completo o livre-arbítrio, e ainda mais: possuindo a inclinação natural para o bem. Deus

lhe colocou no Éden e, para tornar válido seu livre-arbítrio, lhe impôs que da “árvore do

conhecimento do bem e do mal” não comesse, pois quando o fizesse, “certamente

morreria” (Gn. 2.9, 16-17).

Nesse ponto Calvino diz:“Deve-se, portanto, mirar mais alto, visto que a proibição da árvore

do conhecimento do bem e do mal foi um teste de obediência; de

modo que, ao obedecer, Adão podia provar que se sujeitava à

autoridade de Deus, de livre e deliberada vontade. Com efeito, o

próprio nome da árvore evidencia que o propósito do preceito não

era outro senão que, contente com sua sorte, o homem não se

alçasse mais alto, movido de ímpia cobiça.”

“Portanto, Adão podia manter-se [o livre-arbítrio], se o quisesse,

visto que não caiu senão de sua própria vontade. Entretanto, já que

sua perseverança era flexível, por isso veio tão facilmente a cair.

Contudo, a escolha do bem e do mal lhe era livre. Não só isso, mas

ainda suma retidão havia em sua mente e em sua vontade, e todas

as partes orgânicas estavam adequadamente ajustadas à sua

obediência, até que, perdendo-se a si próprio, corrompeu todo o

bem que nele havia.”

Já conhecemos a história, Eva e Adão comeram do fruto proibido e atraíram

sobre si a mesma maldição do pecado que estava sobre o tentador, Satanás.

Mais uma vez Calvino explica que:

“Entretanto, ao mesmo tempo é preciso notar que o primeiro

homem se alijou [afastou] da soberania de Deus, porque não só se

fez presa aos engodos de Satanás, mas ainda, desprezando a

verdade, se desviou para a mentira. E de fato, desprezada a palavra

de Deus, quebrantada lhe é toda reverência, pois não se preserva de

outra maneira sua majestade entre nós, nem seu culto é mantido

íntegro, a não ser enquanto atenciosamente ouvirmos sua voz.

Conseqüentemente, a raiz da queda foi a falta de fidelidade.”

Logo, a culpa do pecado, e a consequente existência do mal está totalmente

atrelada aos atos do homem, que no desejo de ser como Deus (Gn. 3:4-6), Dele se

afastou, e por esse afastamento trouxe sobre toda a Terra o efeito devastador do mal,

através do pecado (Gn. 3.17).



1.5 HARMONIZANDO AS TEORIAS E APONTANDO PARA UMA

TEODICÉIA BÍBLICA


Agora, posto que já pudemos ver, basicamente, as três mais imponentes

teodicéias cristãs, é necessário concluirmos e respondermos: afinal de onde o mal veio,

e qual o seu propósito no mundo?Com absoluta certeza, se olharmos para a vida prática, o mal contribui para o

aperfeiçoamento do caráter dos cristãos que o suportam e vencem, pois assim a Bíblia

ensina em diversas passagens (Sl. 116.15, Tg. 5.10-11, 1Pe. 4.19).

Também, pensando como Agostinho e Calvino, de maneira alguma podemos

atribuir a Deus a criação do mal, mas este é decorrência exclusiva da atitude do homem

de escolher – quando assim podia fazer livremente – pelo caminho do pecado e não da

fidelidade à Deus, mesmo que tenha sido tentado pelo Diabo, visto que possuía

completa capacidade de resisti-lo – não o fazendo por livre escolha.

Assim, podemos concluir, sem sombra de dúvidas, que a origem do mal é o

afastamento e desobediência à vontade de Deus. Pode parecer muito simplista essa

afirmação, mas Aquele que possui Nele mesmo todas as coisas e no qual habita toda a

plenitude, assim determinou em sua soberana vontade (Is. 43.13).

Logo, a busca da independência de Deus, primeiramente de Lúcifer, e depois do

homem, levou o mundo, que era perfeito, ao atual estado de perversidade e sofrimento

(Ec. 7.9).

Entretanto, podemos ter certeza que todas as coisas, sejam boas, sejam más,

estão contribuindo para o propósito de Deus (Rm. 8.28-30), expresso em Cristo Jesus

(Rm. 5.18-21), que não podemos distinguir claramente agora (Dt. 29.29), mas em breve,

quando Ele vier, nós compreenderemos perfeitamente (1Co. 13.12).

Assim, se da existência do mal, deriva mais glória a Deus – pois o mal acentua

ainda mais a completa bondade, perfeição, justiça e santidade de Deus – cumpre aos

cristãos, com todo temor (Hb. 12.25), se alegrarem por terem sido alcançados e feitos

participantes da vocação celestial (Hb. 3:1).